quinta-feira, 28 de março de 2013

Natal de 2012.


25 de dezembro de 2012. 3h 52min. Eu não sei onde a maioria de vocês estava nesse dia, nessa hora. Para falar a verdade, eu nem sei se realmente o relógio marcava 3h 52min. É apenas uma suposição. Talvez meia hora a menos, talvez meia hora a mais. Eu posso contá-los que até as 2h eu estava com a minha família, em uma festa social de Natal que costuma acontecer aqui. Eu não imaginava ver ninguém, ou ele. É basicamente isso o que acontece quando você imagina que não irá ver ninguém, você acaba vendo todo mundo. Foi isso o que aconteceu - ou parte disso. De repente a maioria das pessoas as quais eu conhecia, começaram a desfilar pelo portão de entrada. Até às 2h nada de interessante. Eu continuava petrificada junto ao meu celular, respondendo as mensagens de uma amiga paranoica que tenho - ela estava a um ponto de uma crise de nervos e eu estava cansada de contar quantas pessoas estavam de salto - fato este, o qual ela insistia saber. Vejam como eu passei um Natal feliz. Esperem! Não para por aí.

Ok. Ok. Ok. Eu estava muito bem na minha mesa, eu poderia ter ficado a noite inteira conversando com a minha tia, ou vendo alguns casais dançar Beatles no salão. Tá. Eu menti. Estava entediada e gostaria de sair procurando por novidades. Não tinha companhia, as minhas amigas ainda não tinham aparecido. Elas costumam fazer isso: aparecer quando todo mundo está indo embora.

Uma delas chegou. Ficamos vistoriando as pessoas que conhecíamos, falando com aquelas que mais gostávamos, e mais tarde, dançamos. Era noite de natal. Era uma noite e eu não havia pensando em você, quase me senti orgulhosa.

Eu não sei em que momento virei em direção ao bar, mas consegui te ver. Você e o seu grupinho. Não congelei, resolvi seguir em frente como estava fazendo desde sempre. Eu não esperava mais nada de você. Eu consegui aprender isso com o tempo: não esperar nada das pessoas. Continuei a me divertir, ou tentar fazer isso. E de repente, quando todas as minhas amigas estavam com algum carinha, você chegou. E eu quase te abracei por isso.

"Oi. Nós podemos conversar?" - você perguntou. "Podemos." - eu respondi.

Nós conversamos. E eu acho que a gente quase conseguiu brigar nos primeiros dez minutos. Mas era natal, e as pessoas meio que se tornam mais compreensíveis nesse dia, então escutei. Você me falou o que nunca esperei escutar. Um parte de mim, manteve um pé atrás, a outra parte, gostaria de ter pego a tua mão e migrado para outro lugar. Não importaria qual fosse.

A parte do pé atrás venceu - e essa parte vencer, me rouba a alegria as vezes. E dessa vez não seria diferente, seria? Seria.

Nós ficamos juntos, nós conseguimos rir e conversar bobagens, enquanto o tempo voava. Consegui bolar frases com o meu raciocínio lógico preservado. E você conseguiu ser bonitinho sem ser pedante. Você foi mais do que bonitinho. Disso eu tenho certeza.

Como eu não sou uma pessoa fácil de desarmar, me contive. Me contive, quando na verdade a única coisa a qual eu não deveria ter feito, era isso: me conter. Quando você perguntou se eu gostava um pouquinho de você, só um pouquinho, eu disse que não. Eu poderia ter escolhido falar. Poderia ter escolhido dizer tudo o que eu preciso te dizer. E hoje, eu tenho certeza - uma certeza engarrafada - de que aquele foi o momento. Não hoje, não agora. Há alguns meses atrás.

Juro que não esperava isso na minha madrugada de natal. Juro que não imaginei, que não bolei encontros, que não formulei frases de efeito. Eu não estava preparada para você acontecer, e você aconteceu. Você aconteceu no momento errado, ou fui eu que não aconteci no momento certo. Eu ainda não decidi quem levará a culpa, mas até agora, todas as estatísticas apontam para mim - os dedos das minhas amigas também.

Dias depois resolvi pensar que aquele foi o meu presente de natal. O presente que reclamei por todo novembro. O presente que eu achei que nunca iria receber. Um presente de abóbora, que durou bem mais do que até a meia noite, mas que ainda assim tinha tempo para se desfazer. Para se transformar em realidade, em segunda-feira. Transformou-se. O que mais é o amor além de mutação? Isso também vale para sorte. O meu presente tinha tempo marcado para não durar tanto tempo. Foi o presente que coube a nós dois.

Talvez você aí - sim, você - esteja pensando que é um final triste. Eu concordo. Li em algum lugar que finais tristes dão boas histórias. Mesmo eu não gostando tanto de finais. Eu não me importaria em ter um final feliz, mesmo que a história seja fraquinha, água com açúcar. E isso tudo ainda me faz indagar uma nova pergunta.

Será se a gente chegou no final? Bom, eu prefiro acreditar que não.

Clara V.

segunda-feira, 25 de março de 2013

3x4


Eu poderia dizer que agora estou na minha cama escutando as gotas de chuva se intercalarem no espaço, ou que estou pensando em como o jornal do dia anterior foi interessante. Eu poderia dizer que estou sentada, observando a minha cachorra latir com alguma coisa, ou pensando em como a minha pilha de livros está estagnada. Eu poderia dizer que não penso em você. Eu poderia dizer que você só é mais um em um milhão, ao invés o meu número um de um milhão. Aquele um que te deixa sem ar. Eu poderia dizer que quando você passa por mim, eu não tenho taquicardia e as minhas pernas não fraquejam. Eu poderia dizer tudo isso, mas seria uma mentira enorme. E bom, em toda a minha experiência nunca gostei de mentiras, embora mentiras enormes deem bons textos.  Me contento em escrever de forma catastrófica sobre a gente, contato que eu não tenha que mentir.

Estamos avisados? Espero que sim.

Eu gosto de lanchar nas escadas da faculdade todos os dias. Eu não sei bem, mas me sinto em GG, ou quase isso. Nesse intervalo de tempo, eu provavelmente vou estar com os meus fones de ouvindo, efetivando a minha tendência em perder a minha audição. Ou também, muito provavelmente com um livro aberto nas minhas pernas. Eu não sei bem o motivo, mas às vezes nesses momentos eu penso em você. Talvez por estar escutando Coldplay ou por estar lendo um romance em que tudo se encaixa na gente, ou no que eu imaginei que a gente pudesse ser.

Fiquei pensando naquele comecinho de janeiro. No começo de ano onde todo mundo promete secretamente ser uma pessoa melhor, agarrar oportunidades e viver - importante mesmo, é viver. Naquele comecinho de janeiro a minha promessa de ano novo foi esquecê-lo. Eu me dei um prazo. Eu gosto de me dar prazos. É uma questão de esperança, ou de eu-só-posso-apostar-nisso. Lembro de ter dito "Eu dou a você um dia. Um dia para aparecer. Só um dia.". Você nunca soube desse prazo. E talvez não importasse que soubesse: você não iria aparecer.

Você não apareceu.

Eu recebi uma mensagem. Acho que você provavelmente deveria estar na sua festa de virada - assim como eu estava na minha. Eu recebi uma mensagem pelas 4h da manhã. Uma mensagem que eu li uma trezentas vezes seguidas e apaguei. E sabe, lá no fundo coberto e escondido eu rezei. Rezei para que você me ligasse e mais uma vez você não ligou.

Um mês depois eu te vi numa festa. Nós temos o mesmo círculo. Amigos que são amigos de amigos. Tudo termina com a gente no mesmo ambiente. Uma cretinice do destino. Ou não. Eu nunca havia notado o quanto você fica bonito em traje de passeio completo. Aquela sua camisa azuladinha quase da cor dos olhos da minha avó, me fazia transpirar. Te vi. Paradão perto de uma coluna – talvez olhando para mim. Talvez não. Te vi, enquanto eu sorria das piadas sem graça dos meus quase-amigos de um grupinho o qual eu estava infiltrada naquela noite.

Me deu uma vontade insana de ir até lá. Desisti. Fiquei pensando no barulho que os nossos encontros faziam na minha cabeça. Nossa situação é tão complicada. Eu nem sei se realmente você ainda gosta ou gostou de mim. Mas, meu Deus, como eu queria que gostasse. Te vi , e lá no fundo, enterrado e cheio de lama, eu talvez não desejasse te ver.          

Se eu não tivesse com tanta vergonha da minha melhor amiga, eu teria ido. Se eu tivesse respondido com a verdade, quando ela perguntou “tu quer ficar aqui ou dar uma volta?”. Ficar, ficar, ficar. Era tudo o que passava pelo meu humilde pensamento. “Sair, sair, sair!”. Foi tudo o que passou entre os meus lábios. E bom, nós saímos. E eu acho que com essa saída eu terminei te perdendo... meio que para sempre.                   

Até que a recepcionista me levou até a sua mesa. Que seria a partir daquele momento, minha também. Eu já conhecia todo mundo. Seus avós, suas tias, seus primos, sua irmã. Conversamos como se eu ainda fosse parte deles, ou de você. Tempos depois, resolvi caminhar, sentei, falei com mais duzentas pessoas, de vez em quando olhando para os lados, procurando por você.

A festa foi chegando ao fim. Nós não nos encontramos mais. Eu queria ter congelado. Eu queria ter te chamado para fugir, ou te beijado, ou sei lá o quê. Eu queria você comigo de qualquer jeito. Queria nada, ainda quero. Eu esperei que você falasse comigo, como no natal do ano passado, e você não falou - mas aí é outro texto, mas aí é outra história. 


Clara V.

terça-feira, 12 de março de 2013

Aposto que não.

Eu estava vagando pelas páginas de uma rede social. Coloquei OneRepublic para tocar e embalei os meus pensamentos naquelas melodias. Então eu vi - quase passando desapercebida - uma frase que me lembrou você. Na verdade, tudo me lembra você. Mas naquela hora, a frase me fez lembrar-te de uma forma diferente. De uma forma que eu nunca consegui ver. De uma forma que estava estampada nos meus olhos. A frase é a seguinte: “Apaixone-se por alguém que, mesmo com milhões de motivos pra ir, escolha ficar.”. Não me perguntem o autor - eu não saberia dizer - mas, bônus para ele(a). Bingo! Você foi assim. Ou é. É mais uma coisa - de todas as outras - as quais preciso redescobrir.

Pela primeira vez em muito tempo eu não o vi como um canalha que não vale a viagem. Eu o vi como um garoto que gosta de alguém. Um garoto que poderia ter gostado de mim. É romantização demais para vocês? Eu acho que não.

Você sempre voltou. Você me procurou. Você sempre quis cuidar de mim. Eu é que nunca quis nada disso - ou sempre quis de uma forma secreta. Você foi uma das poucas pessoas que lutou por mim de verdade. E eu acho isso bonito. Eu sempre gostei de saber que você insistia por nós dois. Você sempre me procurava em alguma festa. Uma festa sem graça, com amigos sem graça, de  uma bandinha sem graça. Você me encontrava. Você vinha. Dois beijinhos. Um abraço. Depois nós ficávamos nos olhando. Como duas crianças em uma loja de brinquedos. Duas crianças as quais a mãe havia recusado comprar a Barbie ou o carrinho de corrida. Com a gente é assim.

E você corria atrás, arranjava mil desculpas. Contigo nunca teve chuva, nem temporal. Mas eu sempre inventava uma garoa. No mais, depois de umas três horas de festa, você sempre passava pertinho de mim. Conversando, contando piadinhas ou perguntando pela milésima vez o motivo de a garotinha aqui ser tão impenetrável. O que você não sabia - ou sabe - é que de impenetrável eu não tenho nada.

Eu queria você, eu quero. Acho que ainda continuarei querendo daqui há 500 mil anos. Eu sei, eu sei. Eu não sou a melhor adepta do "felizes para sempre". Eu sei que vivo falando que isso não existe. Que todo gostar é limitado. Que todo gostar tem um fim. Mas a gente pode ser exceção da regra não pode?

Presta atenção, a gente pode refazer tudo outra vez. Nessa teoria eu acredito. Eu acredito em segundas chances. E eu posso até dar uma terceira - se você chegar com jeitinho. Mas em troca, bom, em troca eu quero que você também acredite nessa teoria. Então, quando eu aparentar ser uma garota rabugenta e sem humor, lembre-se de todas as vezes que eu já te fiz sorrir. Ou se vez ou outra eu deixar transparecer que eu não gosto de você, interprete tudo como uma uma cena, perceba isso como um script o qual eu precisava seguir. É basicamente isso, na maioria da vezes, tudo é um script o qual preciso seguir. Ao menos quando a odisseia é sobre a gente.

Eu sei que pode parecer uma coisa boba. Eu sei que eu posso parecer uma garota indecisa. Eu sei que causo/causei muita confusão na sua cabeça - nisso estamos quites, já que você também causa uma barulheira na minha. Eu sei que você não me merece à medida que eu não te mereço. Só que o nosso desmerecimento cabe no mesmo espaço. O nosso desmerecimento fez você continuar insistindo. O nosso desmerecimento me fez gostar de você.

Então me diga: existe desmerecimento mais justo do que esse? Aposto que não. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Quando o assunto é a gente.


Ontem eu saí com umas amigas. A gente sentou naquele sushi que um dia você me convidou para ir e recusei. Odeio sushi - ou eu adoro dizer que odeio aquilo que eu nunca provei. Sabe-se que este é o ponto: saí. Saí e até o momento não havia pensando em você por dias ou semanas.

Peguei carona da minha mãe - não tenho carta de motorista - dane-se. Peguei carona da minha mãe e como muitas outras vezes peguei uma tonelada de dicas. É só a minha mãe que acha que tenho 12 anos? Aposto que não.

Desci. Despedi-me. Dei tchauzinho. Tchau, mãe. Tchau, filha. E lá fui eu andando pela avenida até  o bendito sushi. Esperando um zilhão de carros me cederem a vez. Esperando que alguma alma bendita fizesse com que aquele semáforo indicasse sinal vermelho. Fechou. Olhei para o lado esquerdo da rua: vi você.

Bom, eu gostaria de dizer que vi apenas você. Eu não me importo em te ver. Eu até gosto. Mesmo que a gente fale um "oi" triste e choroso. Eu não me importo. Mas você estava com uma garota. Uma garota tão bonita e totalmente diferente de mim que me deu um frio na espinha. E eu acho que escutei o som de 5.000 prédios desmoronando. Poderia não ser os prédios, mas que era a minha alma, não se resta dúvidas. Não mesmo.

Você abriu a porta para ela. Eu podia ver. Podia vê-la colocando os cabelos atrás da orelha. Podia vê-la puxar a blusa azul clarinha. Podia vê-lo sorrindo. Um sorriso tão diferente do que sorria para mim. E algo começou a me doer, algo lá no fundo. Algo que eu não poderia descrever. Acho que era o fim da minha esperança.

No fundo, sujo, despedaçado, escondido. Lá no fundo, eu achava que você poderia gostar um pouco de mim. Só um pouquinho. No mais eu vi que você não conseguiria. Você nunca conseguiria gostar de alguém. Você sempre depositou todo o seu amor em si mesmo e nessa força descomunal em destruir o coração dos outros. Ou o meu.

Acho que quase chorei. Fiquei paralisada enquanto o sinal abriu outra vez. E provavelmente eu precisava esperar com você. E isso seria um pouco demais para mim. Sim, Senhor.

Então eu vi que você me viu. Olhou por um tempo, enquanto outro amigo seu saia do carro. Ficou me olhando de uma forma assustada, como se eu fosse um fantasma que você não esperava ver - ou não queria ver. Ou, talvez - com o meu coração puxando saco - me olhava acreditando que depois daquela eu não iria querer te ver outra vez. E bom, eu queria que você estivesse certo. Mas posso te contar uma coisa? Eu não me importaria em te ver outra vez.

Mas te amar outra vez, te amar outra vez, não é mais comigo.

Eu atravessei a avenida movimentada. Sem olhar para os lados, ou para você. Eu não aguentaria mais um minutinho ali. E fui. Não morri por sorte ou azar. Depende do seu ponto de vista. Me despedi das minhas amigas. Elas não entenderam bem... até te ver. Até te ver com outro alguém. Qualquer um podia ver, só você não viu.

E você não ter me visto naquela hora foi uma das piores coisas que já me aconteceram quando o assunto é a gente.

Mas a gente não é mais, ou quem sabe, a gente nunca tenha sido.

Clara V.



domingo, 3 de março de 2013

Válvula de Escape.



Ontem eu senti uma vontade louca de te ligar. Mas eu decidi tempos depois que eu não deveria. Aliás, esse é sempre o ponto em que me encontro quando decido por em ação algum plano que envolva você: achar que eu não deveria. 

Eu gosto de pensar que eu não iria saber o que te dizer. Ou como te olhar. Eu meio que sempre preciso de um salva-vidas quando estou com você. Ou de uma amiga que me leve para outro canto da festa. Ou de um ponto de escape, quando na verdade, esse ponto de escape deveria ser você. Está é uma das regras dos casais apaixonados, não é? Ter um ao outro como ponto de escape. Com a gente não é assim. Eu acho que não. 

Mas a questão ainda é a necessidade que eu tenho em falar contigo. Eu precisava ter ligado ontem a noite. Eu precisava que você me salvasse ontem a noite. Coldplay não está mais dando jeito nessa minha solidão desenfreada. Veja só a minha situação.

Seja meu ponto escape. Ou a minha válvula de escape. Tanto faz. Só seja. 

A válvula de escalpe da minha melhor amiga é ler. A válvula de escalpe do meu melhor amigo é correr. Da minha professora é ler Camões. Da minha avó é conversar. Do meu primo é a tv. Da minha outra melhor amiga é matemática. Da minha tia é Deus. Da minha mãe sou eu. E a minha é você. 

Pensa em me ligar. Não me deixa pensar na gente sozinha. Não me faça me achar uma besta por pensar em você enquanto estou acordada e sonhar enquanto estou dormindo. Não me faça por a culpa no amor. Não me faça dizer mais uma vez que o amor não deveria fazer isso com a gente. 
A culpa não é dele, é? É nossa. Ou sua. Ainda não sei.

É estranho gostar tanto assim de você. Eu poderia gostá-lo duas vezes por semana ou lembrá-lo quando você lembrasse de mim. Eu poderia desencanar. Poderia nada. Não fixa, eu não engulo e você não cai fora. Particularmente, eu gostaria que, bom, que você caísse. 

Caísse fora da minha cabeça e meio que por ajuda de Deus, caísse ao meu lado. É mais justo. Seria mais justo com os apaixonados. 

Porque a gente - ou parte da gente - só funciona assim: juntos.


Clara V.
 

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